14 de fev. de 2012

“A vida é feita de concessões...

Você já reparou como facilmente somos gentis, inteligentes, simpáticos com pessoas estranhas e justamente na nossa casa? Com os nossos familiares costumamos muitas vezes nos mostrar muito mais fechados, irritados e carrancudos.

Já reparou como as pessoas do convívio diário tiram você do sério?

Claro que cada pessoa tem seu limite, tem suas razões e seus momentos de harmonia e desarmonia, mas a família é um teste. Você já se perguntou por quê?

Nos ensinamentos espirituais, aprendemos que normalmente a família é o berço do aprendizado e dos resgates kármicos porque nela se encontram nossos mais queridos amores e também nossos mais complicados desafetos, justamente porque é ali que nossas arestas são lapidadas. É na família que temos a liberdade de ser nós mesmos, sem máscaras, sem regras sociais, mas será que exatamente por conta dessa liberdade temos o direito de sermos desrespeitosos e mal educados? Será que porque temos que conviver com essas pessoas temos o direito de mostrarmos nossa contrariedade e mal humor?

Uma criança, supostamente, não escolhe de quem será filha, mas crescendo é naturalmente convidada a aprender e melhorar seu comportamento. Uma vez, ouvi um amigo dizer que quando crescemos podemos ou não abrir mão de uma herança maligna. O que significa que, tendo consciência, não devemos mais nos esconder atrás de comportamentos negativos de nossos pais e familiares. Podemos dizer não a algo que vem conosco de berço. Podemos mudar. E muitas vezes é esse o grande convite da nossa encarnação.

Felizmente, muitas histórias não precisam terminar em separação e ranger de dentes. Podemos construir amor em nossas vidas, podemos encontrar outras pessoas e criar um novo núcleo familiar, podemos viver da forma que desejarmos viver, porém, seja qual for o tipo de sua família, pode ter certeza que os desafios da convivência continuarão a bater em sua porta. Pode ser que você deseje morar sozinho para se proteger da intimidade complicada, mas se assim for, outros núcleos passarão a incomodar você. Quem não tem que conviver com pessoas diferentes no trabalho? Nos estudos? Ou até mesmo na academia?

A vida vai juntando as pessoas justamente porque precisamos da experiência de lidar com o outro e com os desafios que ele nos trás.

Os filhos também não vêm prontos. Quem já teve filhos, sabe muito bem que cada pessoa é um universo; crianças criadas numa mesma casa, com os mesmos pais podem ser completamente diferentes. E essas diferenças costumam se mostrar já quando são bebês. E isso é natural porque somos almas que vêm para este plano de existência com suas histórias e seus desafios. Porém, ninguém vem totalmente pronto. Todos nascemos para nos aprimorar.

Se você não está muito bem em sua casa pense no que pode ser feito para melhorar a convivência, já que nem sempre é possível sair e fechar a porta atrás de si. Será que ficar mais em silêncio não ajudaria? Será que sublimar certas provocações também não seria saudável?

Com certeza, em alguns momentos você pode ter razão e até sentir necessidade de afirmar seu ponto de vista, mas muitas vezes vale muito mais deixar as situações passarem e se dissolverem por si mesmas. Como diz Sai Baba: "Você quer ser feliz ou ter razão?" ( Maria Silvia Orlovas )




Pois é, nem sempre percebemos nossas atitudes e por vezes falhas no nosso tratamento com nossos familiares, mas agimos assim não por falta de sensibilidade ou por má índole, somos humanos e carregamos com isso uma vasta coleção de maus conceitos, intolerâncias, grosserias que muitas das vezes são aplicadas em nossa casa, em nossa família, sem o menor constrangimento de causarmos transtornos,mágoas, rupturas que podem ate tornar-se por décadas...mas tudo isso graças a nossa falta de sensibilidade em exercermos o respeito,o bom convívio em nossa família como fazemos com nosso semelhante na rua,na sociedade.

Portanto está mais do que na hora de conhecermos nossas limitações e mudarmos nossas atitudes, gerando com isso um bom convívio, um bem viver não só pra todos ao nosso redor como a nós mesmos.

Reafirmo o que sempre digo aqui, faça com o outro aquilo que gostaria que fizesse contigo....simples assim...mas muito difícil de fazermos perceber a grandeza desse ato.

Pense, repense, mas coloque em prática, pois só na teoria de nada adiantará.

Vale o toque!!

Rita Zottolo

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