6 de mar. de 2011

Tristeza ora permitida...ora não...mas é minha.




E hoje é uma data até nem significante para toda 99,99% da população, exceto para mim e só porque atinge diretamente a mim.
Hoje seria mais um ano de vida, caso a minha mãe estivesse aqui fisicamente comigo, porque do outro lado que ela está e nem sei se teria um tempinho para vir até a mim,ou se fosse permitido.
Ela não tinha tanta instrução como gostaria,mas a sapiência que a vida lhe deu,foi impagável.
Foi formada na dinâmica da vida, nos altos e baixos dessa vida,que por vezes a julgamos injusta,talvez até nos mais baixos..mas para os entendidos que dizem que o sofrimento faz crescer....!! e a quem acredite...enfim cada um escolhe como gostaria de subir seus degraus nessa experiência de vida.
Nós somos espíritos passando por essa experiência humana nessa vida, ou será que somos humanos passando por experiências espirituais nessa vida!!
Não sei...nem preocupo com isso ..o que importa que passamos,só preciso saber como passar de uma maneira, dita, correta e com menos dor possível, coisa que para o momento atual do planeta seria pedir demais tal proeza. Tento,ainda que pouco,mas tento, infelizmente com todas as minhas limitações e imperfeições ainda não consegui passar impune aos tantos fatos aqui vistos a olhos nus e a cada dia com a chegada da aurora.
Confesso que essa tristeza toda existente dentro do meu peito com a falta que ela me faz, com o vazio que ficou e que por horas a fio procuro faxinas, comidas, banhos, cantarolar, desenhar ou ate pintar para que esses momentos por fim se findassem rápido, já que por certo a cada ano voltará ao meu coração com mais ou menos intensidade...mas ressurgirá como um vulcão já que guardo por todo ano um pouquito dos momentos que me remetem a sua presença, mas que infelizmente não permito-me a sua liberação, ou melhor,a minha libertação, até para que seja uma única explosão, num único dia, numa única data...
mas que ora permitida e ora não...
Rita Zottolo